Dan Fialdini

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Pés descalços, roupas confortáveis e um sorriso mais que acolhedor... Mestre das formas, foi assim que o escultor e autor do livro Arte na Pedra, Dan Fialdini, nos abriu as portas de seu apartamento, em São Paulo. Enquanto preparava um dos quitutes com o qual costuma receber a família e os amigos mais íntimos, deixou-nos conhecer o refúgio em que coleciona histórias e belezas.

 

O olhar atento e a sensibilidade sempre apurada marcam a personalidade impressa na linguagem única de seu trabalho. Dan esculpe a dureza do mármore com uma sutileza rara e muitas de suas obras estão distribuídas junto a peças e pedras trazidas de viagens pelo mundo. Interessado em tudo o que fale das vivências humanas, gosta mesmo é de estar em casa, entre seus livros e revistas.

 

Casado há 25 anos com a designer de joias Cecília Rodrigues, o escultor se considera um privilegiado por estar sempre cercado de gente que ama cozinhar. Sua mulher, por exemplo, estudou culinária na Suíça e em Nova York, enquanto ele confessa que aprendeu observando e “beliscando” desde criança. “Eu sempre tirava um pedaço antes da hora”, lembra aos risos.

 

Fruto do olhar “eternamente insatisfeito” próprio dos artistas, a cozinha de Dan é minimalista, porém, cheia de detalhes. Lá, tudo tem história, sotaque, forma, som, cheiro e gosto. “Cozinhar é um ato criativo, um estímulo à minha vontade de criar”, diz

 

Filho de imigrantes italianos, uma família de marmoristas, esse mineiro que escolheu São Paulo por lar elaborou um almoço a dois, servindo Aspargos com Ovos. Com o mesmo cuidado com que trabalha, ele curte cada etapa do processo, incluindo a seleção de pratos, copos e talheres que vão à mesa.

 

Por acreditar que um prato nunca sai igual ao outro, nem como nos livros, Dan explica que segue receitas minimamente: gosta mesmo é de testar ingredientes e criar aven- turas gastronômicas particulares. Amante das massas, sem se apegar a preocupa- ções com a modéstia, assume que também prepara carnes e peixes com maestria. Além disso, acredita ter mais facilidade para se arriscar na cozinha italiana, já que a tem viva em suas memórias. 

 

1945

  • Nascido em Belo Horizonte, Brasil.

1962

  • Estudou desenho na Fundação.

1964 

  • Armando Alvares Penteado.

1970

  • Admitiu como assistente do diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

1972

  • Posição do curador em Museu.

1976

  • Treinado no Museu de Arte Moderna - (MoMA), em Nova York.

1983

  • Começou a esculpir madeira.

1986

  • Expandido seu trabalho com granito, mármore e outras pedras.

1987 

  • Um homem-show, Artefacto Gallery, São Paulo.

1988 

  • Escultura no Brasil, SESC Pompeia-, São Paulo.

1989 

  • Estudos em Carrara, Itália;
    • Comissão Escultura pela Unilever;
    • Escultura no Brasil, Sudameris | Gallery, São Paulo.

1990

  • Deixou o Museu de Arte de São Paulo (MASP) para se dedicar exclusivamente à Escultura e Consultoria de Arte .

1991

  • Um homem-show, Skultura Gallery, São Paulo;
    • Salão de Arte, Brasília.

1992 

  • One-man show Espaço escultural, São Paulo.

1993 

  • One man-show, Instituto Moreira Salles, Poços de Caldas.

1996

  • One man-show, LR Escritorio de Arte, São Paulo.

1998 

  • Escultura em mámore, Bruno Giorgi / Dan Fialdini, Belo Horizonte.

2000 

  • One-man show, Flavio Cohn / Dan Galeria, São Paulo.

2001 

  • One-man show, AM Gallery, Belo Horizonte;
  • Um grito de uma caixa invisível, Meguro Museum of Art, Tóquio (Japão).

2004

  • Um grito de um Invisible Box Revisited II, Mediaglia Gallery, Nova York (EUA).

2006 

  • One-man show, Artefacto Gallery, Atlanta (EUA).

2009 

  • Dois Escultores: Bez Batti / Dan Fialdini, Arte Aplicada, São Paulo.

 

 

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